seja a mulher que você precisava ter por perto quando era menina"

Olhando para trás vejo que o que mais precisei de ter por perto quando era menina era segurança... Confiar que, esteja a vida como estiver virão sempre dias melhores.
Não o tive.
Às vezes esse sentimento, essa esperança, fé, o que lhe quiserem chamar vinha a mim, ainda novinha ( já era a minha intrínseca fé e eu ainda não o sabia), mas depressa ia embora, pelo medo de me desiludir.
A minha mente (que nos mente 😉) dizia-me para parar de acreditar, pois bastava olhar para trás para ver que o mau voltava sempre e que há coisas que não têm solução, que nunca mudam.
Hoje acredito que talvez hajam coisas que não têm solução, mas que tudo muda, sempre!
Das minhas mais profundas certezas faz parte a de que tudo muda. Nada se mantém exatamente igual para sempre.
É verdade que às vezes muda para pior, outras para melhor. Assim é a vida. Mas acima de tudo, a vida é o que fazemos dela. É a tal história de apanhar as pedras do caminho (mesmo que te tenham sido atiradas) e construir o castelo...
Hoje, ainda a construir o meu castelo (provavelmente até à hora da morte, que a vida é uma empreitada sem fim), já sei que, a  qualquer momento tudo pode mudar. A vida é uma inesperada Imperatriz. Ora, se tudo pode mudar, a qualquer momento, ou andas em constante ansiedade (o que não é mesmo nada bom!), ou aceitas que assim é. Aceitas a porra dos dias maus, fazes por tornar melhor o que puderes e nunca, nunca deixes de acreditar que virão dias melhores (obviamente se fores proativo na construção do castelo...)!!
Foi isso que me faltou em menina e até a vida me ensinar...
Hoje sou grata por estar cada vez mais perto de ser a mulher que a menina que fui precisou.
Aquela mulher que acredita profundamente que dias melhores virão, sempre... E age em conformidade com isso. Acreditando. E quem acredita, tem menos medo, é mais seguro, creio que passe segurança...